
A oficina Tecido Social, desenvolvida no contexto da dissertação "Entre a ferida aberta e a sutura" (2024), é uma ferramenta analítica e participativa para investigar como as opressões atreladas às identidades dos estudantes atravessam a formação em Design, de maneira individual e coletiva.
O processo convida os participantes a compartilharem experiências, tornando visíveis as desigualdades e privilégios que moldam o processo formativo e à prática do design. Ao promover escuta ativa e análise crítica, a oficina também se configura como ferramenta de diagnóstico e transformação das práticas pedagógicas e do campo do Design, pois nos permite repensar a formação acadêmica e as estruturas do campo.
No contexto universitário, a oficina pode ser utilizada em diferentes momentos de uma disciplina, como atividade extracurricular, durante a semana de acolhimento de estudantes e até mesmo durante uma formação docente. Visto que contribui para o desenvolvimento de práticas pedagógicas mais inclusivas e conscientes das diversidades presentes em turmas e no curso na totalidade.
E embora tenha sido idealizada para ser utilizada com estudantes de graduação, o potencial de aplicação da oficina não se restringe ao contexto acadêmico. A ferramenta pode ser adaptada para espaços formativos não formais, equipes de trabalho ou processos de cocriação em comunidades. Onde pode viabilizar diagnósticos institucionais ou estratégias de diversidade e inclusão. E servir como uma ferramenta de escuta, organização coletiva e fortalecimento de vínculos. Visto que sua estrutura flexível permite que seja ajustada conforme o perfil e necessidades do grupo, mantendo sua força política e pedagógica e compromisso com a justiça social e a diversidade de perspectivas.

Sistematização visual das respostas registradas durante a oficina Tecido Social. Créditos: Acervo pessoal.
